Archive for Outubro 2005
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UE: Portugueses são dos que mais enviam formulários pela Net
Portugal é dos países da União Europeia onde os cidadãos e as empresas com acesso à Internet mais utilizam a Internet para enviar formulários a entidades públicas. Segundo um documento do Eurostat, a instituição responsável pelas estatísticas europeias, no primeiro trimestre de 2004, 26% dos cidadãos portugueses com acesso à “web” aproveitaram este meio para enviar formulários para os organismos públicos, sendo apenas ultrapassados pelos luxemburgueses (32) e ficando muito acima da média europeia (12%). As empresas portuguesas que utilizaram a Internet para o mesmo fim registam ainda um maior destaque, com 65 por cento – 33 pontos percentuais acima da média dos 25 Estados-membros (32) -, sendo apenas suplantadas pelas empresas polacas (79). O mesmo estudo revela que 45% dos cidadãos europeus, com idades entre os 16 e os 74 anos, usou a “net” para obter informações nos “sites” das autoridades públicas e apenas 20 por cento para “descarregar” os formulários (“downloads”). Os países cujos cidadãos mais visitaram “sites” de instituições públicas foram a Finlândia (62 %), a Dinamarca (56), o Luxemburgo (55), Espanha e Hungria (ambos com 51) e a Alemanha (51). [Via RR, com a devida vénia]
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UE: Espanha propõe cimeira sobre imigração
UE: Início da reunião de líderes europeus
UE: Sócrates faz antevisão do Conselho Europeu
Força e solidariedade: responder às expectativas dos europeus
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Começa assim… «A Europa é feita de cafetarias, d…
«A Europa é feita de cafetarias, de cafés. Estes vão da cafetaria preferida de Pessoa, em Lisboa, aos cafés de Odessa frequentados pelos gangsters de Isaac Babel. Vão dos cafés de Copenhaga, onde Kierkegaard passava nos seus passeios concentrados, aos balcões de Palermo. […] Desenhe-se o mapa das cafetarias e obter-se-á um dos marcadores essenciais da ‘ideia de Europa.’»
«Com a queda do marxismo na tirania bárbara e na nulidade económica, perdeu-se um grande sonho de — como Trotsky proclamou — o homem comum seguir as pisadas de Aristóteles e Goethe. Liberto de uma ideologia falida, o sonho pode, e deve, ser sonhado novamente. É porventura apenas na Europa que as fundações necessárias de literacia e o sentido da vulnerabilidade trágica da condition humaine poderiam constituir-se como base. É entre os filhos frequentemente cansados, divididos e confundidos de Atenas e de Jerusalém que poderíamos regressar à convicção de que ‘a vida não reflectida’ não é efectivamente digna de ser vivida.»
Título – A Ideia de Europa. Autor – George Steiner. Edição – Gradiva. Nº de páginas – 64. Ano de Edição – 2005. ISBN – 989-616-022-8
UE: Queijo "Feta" é só grego!
Bulgária e Roménia: UE avisa que a adesão pode ser adiada
Roménia, um país com ambições no Mar Negro
País de fronteira, banhado pelo Mar Negro e perto das voláteis regiões do Cáucaso e Médio Oriente, a Roménia parece disposta a assumir a função de plataforma militar decisiva nas prováveis e futuras operações do Ocidente contra grupos islamistas e o crime organizado. Integrada na NATO e a caminho da adesão à União Europeia (UE), Bucareste alimenta ainda a ambição de permanecer um aliado privilegiado dos Estados Unidos na região.”A Roménia tem uma abordagem face ao que designamos por soft security, a segurança democrática, conceito-chave que inspira as nossas acções de política regional no Mar Negro. Com três aliados integrados na NATO, a Roménia, a Bulgária e a Turquia, temos já metade dos Estados que rodeiam o Mar Negro na Aliança Atlântica. Existe ainda uma perspectiva, por agora ainda longínqua mas que não deve ser excluída, de incluir a Ucrânia e a Geórgia no projecto norte-atlântico”, sustenta Teodor Baconsky, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e ex-embaixador em Portugal.A opção atlantista de Bucareste é inequívoca, mesmo que possa provocar alguma irritação em algumas capitais europeias que têm vindo a demarcar-se da política externa de Washington. O combate à imigração ilegal, a consolidação das instituições democráticas e do Estado de direito em todos os países emergentes que rodeiam o Mar Negro, na perspectiva da “formação de um espaço sob controlo democrático semelhante ao modelo do Mediterrâneo e do Mar Báltico”, constituem os objectivos essenciais deste política. Um espaço que também deverá englobar a região do Cáucaso e Ásia Central, onde se situa o grande “mercado energético” de região, vital para o abastecimento da Europa. “Penso que é do interesse de todos os Estados ribeirinhos, incluindo a Rússia, possuírem um mar aberto, sob controlo e orientado para uma cooperação regional eficaz”, refere o responsável romeno. Para tentar concretizar esta tarefa, Bucareste usa argumentos com algum peso: “Em Outubro, a Roménia vai assumir a presidência do Conselho de Segurança da ONU; em meados de Novembro vamos assumir a presidência do comité de ministros do Conselho da Europa; e durante seis meses vamos ainda presidir à Organização para a Cooperação Económica do Mar Negro (OCEMN)”, informa Teodor Baconsk. As relações com a Rússia, também devido à proximidade geográfica, constituem outra das prioridades do Estado balcânico, que defende a inclusão de Moscovo neste projecto, com estatuto de parceiro privilegiado. “O que fazemos em Bucareste não é contra Moscovo. A Federação russa é um actor legítimo e maior nesta região, e é evidente que os conflitos locais “congelados” não podem ser resolvidos sem a cooperação da Federação russa. Não se pode estabelecer uma política regional no Mar Negro contra a Rússia, ou sem a Rússia”, reconhece.
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Konrad Adenauer: síntese biográfica
Cursando direito sucessivamente nas Universidades de Fribourg–en–Brisgen, Munique e Bona, nunca o futuro estadista se conseguiu distinguir no plano académico sendo invariavelmente um estudante de nível medíocre.
No plano político desde muito cedo ADENAUER começou a militar no Zentrum — o partido católico alemão, de tendência e matriz democrata–cristã. A sua entrada na vida pública e política é feita, justamente, nos quadros do Zentrum, ocupando sucessivamente diversos cargos autárquicos em representação do partido democrata–cristão. Em 1909 é eleito primeiro adjunto do Presidente da Câmara de Colónia e, em 1917, sucede–lhe no cargo, assim se transformando no mais jovem autarca alemão à frente dos destinos de uma grande cidade germânica.
Na sequência do seu trajecto político, em 1920 já será possível ver Konrad ADENAUER como Presidente do Conselho de Estado da Prússia, sem embargo de, periodicamente, vir a ser sucessivamente confirmado à frente da autarquia de Colónia.
Em 1933 dá–se a ascensão de HITLER ao poder na Alemanha — e se muitos dos seus opositores resolveram optar pelo exílio, vários outros decidiram ficar e permanecer em solo alemão, aceitando arcar com as consequências que daí adviessem. ADENAUER conta–se entre os que optaram por permanecer. Demitido das suas funções de Presidente da Câmara de Colónia, viria a ser preso na sequência da famosa noite das facas longas e a ser colocado posteriormente sob residência fixa.
Após a queda do nazismo e a derrota alemã no conflito mundial ADENAUER regressa, em Maio de 1945, à Câmara Municipal de Colónia — de novo, porém, viria a ser afastado do seu cargo e do exercício das suas funções, desta vez a 6 de Outubro de 1945 e pelos ocupantes britânicos que, entendendo–se com a vereação socialista de Colónia, alegaram “incompetência” para suspenderem e afastarem ADENAUER do exercício do seu cargo.
A estabilização da vida política alemã, entretanto, presenciará o nascimento de um novo partido para substituir o antigo Zentrum exclusivamente católico — de natureza interconfessional, nascerá a CDU, criada na zona britânica de ocupação em Fevereiro de 1946: de inspiração democrata–cristã, o novo partido terá em Konrad ADENAUER uma das suas mais importantes figuras. Em 1948 ADENAUER será eleito Presidente do Conselho Parlamentar encarregado de elaborar a Lei Federal adoptada em 8 de Maio de 1949 e promulgada a 23 de Maio do mesmo ano.
As eleições legislativas de 14 de Agosto de 1949 verão a CDU levar vantagem sobre os partidos social–democrata e liberal. Não desfrutando de uma maioria absoluta no Parlamento, ADENAUER negociará uma coligação com os liberais — e após eleger o líder liberal Theodor HEUSS para Presidente da nova RFA, a 15 de Setembro de 1949 e com o apoio do Partido Liberal, o próprio Konrad ADENAUER é eleito para a chefia do governo alemão. Significa isto que ADENAUER entra tardiamente na cena política internacional. As circunstâncias projectá–lo–ão para a cena internacional onde virá a adquirir merecido destaque praticamente só após 1945 — conta, então, já, com sessenta e nove anos este católico militante cuja actuação como Presidente da Câmara de Colónia deixara marcas e constituíra um referencial.
O fim do conflito mundial dar–lhe–ia uma redobrada projecção nacional e iniciá–lo–ia nas grandes questões internacionais — sobre as quais se começara a pronunciar. Em 1946, na sua terra natal, ouve–se–lhe uma verdadeira profissão de fé no ideal europeu. Proclama, então, que «a Europa apenas será possível quando uma comunidade de povos europeus for restabelecida, para a qual cada povo forneça a sua contribuição insubstituível para a economia e para a cultura europeia, para o pensamento, para a poesia e para a criatividade ocidentais. Esperamos que um dia o espírito alemão possa, também ele, fazer escutar de novo a sua voz no coração dos povos»: mas logo a seguir não deixava de reclamar que «sou e continuarei a ser alemão, mas também sempre fui europeu». Ora, foi em nome desse espírito europeu que — apoiado, entre outros, pela poderosa Confederação Internacional dos Sindicatos Livres que reunida a 23 de Maio em Dusseldorf apoia o projecto francês e exprime o desejo de nele participar — para o antigo Presidente da Câmara de Colónia o projecto contido na Declaração SCHUMAN conferia à Alemanha, acabada de sair do nazismo, a legitimidade da República de Weimar. Sem rival possível nos tempos mais próximos, ele dispõe de uma considerável autoridade nos primeiros anos das funções de Chanceler que apenas abandonará em 1963, com 87 anos [DUVERGER, 1994: 57]. Para ADENAUER, a construção da Europa e a solução da questão alemã servem o mesmo fim: assegurar a paz dos povos europeus [BECKER, 1999: 55]. Para além das vantagens económicas que o projecto encerrava, o convite endereçado pelo governo francês significava mais um passo, talvez o decisivo e definitivo, no sentido do pleno reconhecimento da República Federal Alemã por parte da Comunidade Internacional. Por outro lado, como europeísta convicto, logo ADENAUER divisou no projecto francês virtualidades que o fariam impor–se no contexto da tão defendida unidade da Europa. Não teve, assim, a República Federal Alemã qualquer hesitação em aceitar o convite francês e encará–lo como um verdadeiro desafio nacional que ultrapassou as próprias divisões internas entre os partidos políticos alemães. De facto, se foi possível ouvir o Chanceler democrata–cristão ADENAUER proclamar que «aquele que sabotar ou denegrir o Plano SCHUMAN é um mau alemão», simultaneamente, nas hostes sociais–democratas, começava a fazer–se ouvir a voz de Willy BRANDT afirmar que «reclamamos há tanto tempo uma verdadeira europeização das indústrias pesadas que não nos resta senão saudar com alegria tudo o que nos possa aproximar desse objectivo. É preciso fazer justiça à proposta francesa» [MONNET, 1976: 374].
ADENAUER viria a falecer a 19 de Abril de 1967.
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Victor Hugo: síntese biográfica
Como relembra alguém, enfatizando o sonho do poeta, «em Março de 1870, exilado ainda em Guernesey, e vendo a guerra estalar entre a Prússia e a França de NAPOLEÃO III, Victor HUGO escrevia ao seu diário: “há três dias, a 14 de Julho, enquanto eu plantava no meu jardim de Hauteville–House o carvalho dos Estados Unidos da Europa, no mesmo momento a guerra estalava na Europa e a infalibilidade do Papa era proclamada em Roma. Daqui a cem anos já não haverá guerra, não haverá papa e o carvalho será grande”» [MEDINA, 1994/1995: 19]. Dificilmente o poeta poderia errar mais na sua profecia — mas ela continha o essencial do seu sonho. É que Victor HUGO visionou uma Europa ideal — que a realidade tragicamente se encarregaria de renegar.
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